VIBRAÇÃO DA VIDA
 
Quando uma lágrima escorre, é porque no peito já não sustenta o afogamento das palavras tantas que procuram um canto ao qual esvaziar. O inverno chegou trazendo o isolamento inesperado, dá impressão que foi em vão o que foi lutado, todo o cuidado, tudo é lento, feito brisa contínua. A força genuína pede decisão, pede prece, os dardos lançados, a todos não alcançarão, ao povo resta a mentalidade, afinal de contas, a meninice já passou, a vestimenta do hodierno já não aceita brincadeiras, asneiras de mentes insanas. Sinto saudades da segurança, dos movimentos, dos tantos sorrisos, de tudo que nos leva a liberdade com consciência, a decência nos permite tudo isso, o olhar vibrando num abraço sincero de seres humanos na permissão de estarem próximos, na ternura do encontro familiar de todo domingo, se lambuzando no direito da sobremesa, dando gargalhadas de prazer, no cantar juntos, dançar mesmo em ritmos diferentes, nos olhares vibrando a vida, a batalha já vencida do passado, sim, tenho muitas saudades... O tempo mostra como dependemos um do outro, se não faço minha parte, comprometo minha vida e a de milhares também, a inconsequência destrói o bem mais precioso, depois de perdido o caminho, raramente se encontra a volta, a manhã que hoje se passou jamais servirá como estrada na tarde que chega mansamente, dando a oportunidade ao acerto, o momento é agora, afinal de contas, "somos instantes", e nos milésimos de segundos da vida, podemos mudar toda a história. Eu opto pela melhora do todo, do esforço de cada cidadão nessa guerra invisível, buscando o lucro maior da chamada da VIDA! Há força ainda, apesar da palidez de alguns, há muitos querendo a transfusão sanguínea do céu, da natureza, da felicidade de estar entre os seus, entre amigos, entre humanos, na Vida que nos dá a cor.

Teônia Soares
Enviado por Teônia Soares em 12/07/2020
Reeditado em 12/07/2020
Código do texto: T7003714
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.