EU A CIDADE E A NATUREZA
Ao cair da tarde, ponho-me quase na altura, do renomado Dr. Virtuoso, na avenida do horizonte, sem número. Os quatro ventos soprados do cosmo são um refrigero à alma, donde fogem as queixas do quotidiano. O sopro dos tempos idos, busca na metafísica, um dedo de prosa, com o dono do legado. Tentativa em vão! Essa variante da lei de energia quântica é alcançada somente àqueles com o olímpico dom. A visão panorâmica da altura, faz vista para o largo, e, é projetada no solo. Há muitas vírgulas ambulantes, no momento, para preencherem um parágrafo de suas próprias histórias. O método precioso é aspirar e alegrar o espírito, enfeitiçado com as essências da natureza harmônica. Um passarinho se refresca no orvalho na banheira verde de pequenas dimensões, uma dádiva do calor. Duas mangueiras, ombro a ombro, uma gemendo e morrendo a outra reverdecida chora e cobre com seu véu de sombra a seiva de corações. As mangueiras do largo, são cegas, como todas as árvores dos bosques. Mas, sentem a vibração de energias com a suposta ocasião nas aproximações. E na copa, o vento é o maestro que comanda as folhas, com suas fanfarras, entre tom de vozes de uma suave ópera. No mais tardar da luz frouxa, os periquitos no horário marital do amor eterno se agasalham e acenam sonhos verdes. O sol, aos poucos, despede-se com uma porta aberta na imensidão do mar no horizonte e flerta à humanidade, com o seu último lampejo. É um recheado de amabilidade de clara e gema, estrelado no arrebol. A noite chega. As retinas cansadas descem da altura com tanta mansidão e contentamento. Como um apreciar de uma nesga de algodão, em queda livre, bailando um tango na mão do vento, com um desfecho de um olhar encantador. Agora! É descansar na longa cabeleira negra da noite, e sempre, respeitar e desfrutar da lei Divina.