Uma noite no bar

Depois de uma noite inteira, cansados de beber.

Amanhecemos na rua, paramos para um café.

Conversamos sobre as boas coisas da vida, dentre elas, a melhor: a mulher.

- Eu não consegui reagir, sabe quando você fica congelado diante de tanta doçura, daquele jeito bravo toda estabanada?

- sei bem, você ficou enfeitiçado. Com aquele olhar, aquele sorriso. Te conheço bem, ficaste paralisado.

- Eu não sou tão emocional. Acontece que com ela nada é igual. Com ela minhas engrenagens cardíacas funcionam. Sinto a teia de aranha desmanchar.

- por que não conta isso a ela? Mulheres são românticas, auditivas, ela vai adorar. Leve umas flores também pra completar.

- Não. A maioria delas não gostam de mocinhos. Se vc mostra que está no papo, elas se tornam perigosas, dependendo do nível de dureza, podem até te matar.

- pare com isso, o segredo é não extrapolar. Ninguém gosta de se sentir sufocado. Se você sente, não tem porquê se segurar. Demonstre antes que outro faça, sinceramente, eu no seu lugar não deixaria essa oportunidade passar.

Depois de um leve olhar torto e desconfiado do amigo, no meio do caminho tomamos mais uma pra encerrar. Confesso que fiquei com medo de apanhar.

Pelo menos cutuquei o ego dele, serviu pra fazê-lo acordar. E que fique bem claro, não faça joguinhos, seja livre pra amar.

Um Eu Lírico Bêbado
Enviado por Um Eu Lírico Bêbado em 11/07/2020
Reeditado em 11/07/2020
Código do texto: T7002730
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