GUARDADOS NA GAVETA
Foram tantos versos pensados
Alguns até rascunhados, porém...
Logo descartados na lixeira
E assim jogados ao ostracismo.
Meus Deus, quantos foram!?
São números não estimados.
Por vezes eu me perdia neles
Era uma inspiração repentina.
No ônibus lotado, eu tão cansado,
Divagava na paisagem aleatória
No vai e vem dos carros.
São tantos lugares “errados”
Um espasmo do cérebro
Nasce um poema arrojado,
Mas eu estava desarmado
Então eles foram guardados.
Quantas poesias e poemas
Que poderiam ter virado história
Foram todos trancafiados
Na gaveta da memória.
Alguns ainda imploram
Pela sonhada liberdade
Já outros se perderam
Afogados para sempre
Nesse mar de tempestade.
JOEL MARINHO