Anônimo Sentir

Em quê pensas tão distraidamente, menina
enquanto vagam teus olhos por tão longínquos espaços?
O quê te faz ocultar-te por trás de campos e mares
que enfeitam tuas paisagens?
São teus lábios que escuto murmurando pelas noites
quando me embriago em saudades.
São teus passos que eu sigo nas areias da memória
em suaves rastros incertos.

Em quê pensas, pois, menina
que fitas tiras de estrelas?
(e fito, eu, teus olhos tristes)

Que oceânicas pupilas!
Em quê pensas, oh, menina, que água corre em teu semblante?
Não te entristeças em vão, olha o mundo a contemplar-te
embriagado em tua boca que silenciosa recita.

Menina que meu sonho habita
que mal te fez ficar cega à chuva que brinca em teu rosto
e ao amor que a teu lado passa?

(22/12/93 - Parauapebas/PA)

 
Gaby Faval
Enviado por Gaby Faval em 10/07/2020
Código do texto: T7001687
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