Dores da poesia
Das dores da minha poesia trato-as eu.
Se alguém quiser saber o porquê desse desabafo,
digo apenas que
ao cuidar das palavras sinto-me como um médico.
Mas não utilizo bisturi nos meus procedimentos literários, apenas
caneta e papel. É uma intervenção sem dor.
Quando faço isso
elas logo ficam curadas
e eu disparo a escrever
para que você tenha o que ler.