DE ESPÍRITO PARA ESPÍRITO
O Espírito fala bem baixinho, quase um assopro, audível,
Provém das suas palavras, conhecimentos espirituais,
E quem os recebe, adquire uma sabedoria pessoal,
Que é uma intransferível propriedade particular.
E tudo o que foi ouvido no silêncio e às escuras,
Do alto dos telhados isso foi proclamado ao mundo,
Assim os talentos recebidos jamais foram enterrados,
Muito esforço despendido para o cumprimento da missão.
Mas apesar de tudo isto restou somente grande decepção,
Nem ao menos um só, se interessou pelos enunciados,
Talvez foi o demônio que ficou possesso e iracundo,
Fazendo todas as proclamações, muito obscuras.
O homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus.
Mas seja como for agora resta apenas o cansaço,
Surgiram somente amostras de alguns interessados,
Que bem depressa desapareceram na grande multidão,
O mundo está muito interessado mesmo, na racionalidade.
Não dá lucro nenhuma projeção essa tal de espiritualidade,
Observa-se tímidas incursões, mas não a firme intenção,
Não percebem a racionalidade cheia de estressados,
Que na corrida sem rumo, se perderam no espaço.
E para o agraciado é uma experiência indescritível,
Tudo se esquece no tempo, essa experiência jamais,
Contudo restará também o grande sofrimento adicional,
A compreensão dos conhecimentos, só o Espírito pode dar.