VIAGENS INTROSPECTIVAS

O cérebro, a máquina misteriosa e incansável que fascina,

Mesmo durante o sono ela ainda trabalha nos sonhos,

Elabora os pensamentos, constrói os raciocínios,

Estrutura as deduções e faz o planejamento.

No confronto com os demais, ele estuda as conveniências,

É um campeão dos paradoxos constrói os ingredientes,

Os quais são utilizados para formar o bem e o mal,

Cujo uso escolhe conforme as circunstâncias.

E no predomínio do Espírito Angelical, o Bem sai vencedor,

E nos prazeres da vida, se concentra o Espírito Natural,

Com o Espírito Infernal, ficam sabores da maldade,

O cérebro é gestor das opções do hospedeiro.

A batalha ocupa espaço cerebral sob o véu da consciência,

E o hospedeiro fica prensado no tormento das decisões,

Não existe a neutralidade, tem que haver definição,

As opções estão impressas serão observadas.

Pois os gêmeos ainda não tinham nascido e nem praticado

O Bem e o Mal para que o propósito de Deus sobre essa

Eleição permanecesse firme e não pelas suas obras,

Mas pela vontade daquele que chama a todos.

A nossa limitação observa a aparência do prévio julgamento,

Porém, são as nossas obras, até os nossos pensamentos,

Que já são conhecidos, desde a fundação do mundo,

E que estão inclusos nessa onisciência infalível.

E é o limite da capacidade cognitiva pela via da racionalidade,

Onde se detém até os valentes alpinistas e mergulhadores,

Para avançar há que transcender a razão e conceitos,

Prerrogativa espiritual, mas concessão exclusiva.

Mas o cérebro, imerso na racionalidade quer saber o que fazer,

Claro que o hospedeiro deve fazer as suas escolhas certas,

Orientando-se de fato, através do seu Espírito do Bem,

E tal como fez Salomão procurar a Virgem Sophia.

A triste história da humanidade, é o fruto do Homem Habilidoso,

Ele passa a vida toda exercendo a cobiça, a inveja, e o ódio,

Que se tornam as colunas de sustentação da sociedade,

Quando ele deveria apenas, encontrar a Sabedoria.

No final da história contemplamos a apoteose do caos instalado,

Como cães em dia de mudança e cegos em meio ao tiroteio,

Os homens vomitam ódio atirando pedras uns nos outros,

Descarregando, o estoque acumulado da estupidez.

Ai de vós escribas e fariseus hipócritas fabricantes de prosélitos,

Que fecham o reino dos céus, não entram nem deixam entrar,

Devoradores das casas das viúvas com as falsas orações,

Ai de vós reis da terra, pois vem o tempo da colheita.

Edgar Alexandroni
Enviado por Edgar Alexandroni em 27/06/2020
Reeditado em 27/06/2020
Código do texto: T6989576
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