Apoastro
Minhas distâncias crescem sóis
E me vou ainda tão mais longe
Mergulho eternamente ao horizonte,
Acolhido sob um inimaginável depois
Deem-me de volta minhas velas
E verão que não sou minha sombra
Deixem erguerem-se minhas armas
E perder-me-ão dos olhos e bocas
A voz grande de trovão se foi
Não ecoa mais nas orelhas pequenas
Nem se enxergam as gloriosas melenas
Forçoso esteve o bastão que destrói
Dito isto, que não temam quem retorna
Nem que o recebam, o outromundano,
Nem que lhe entreguem as chaves da porta
Ou que o creiam um novo estranho
Ou que o creiam o mesmo estranho