Apoastro

Minhas distâncias crescem sóis

E me vou ainda tão mais longe

Mergulho eternamente ao horizonte,

Acolhido sob um inimaginável depois

Deem-me de volta minhas velas

E verão que não sou minha sombra

Deixem erguerem-se minhas armas

E perder-me-ão dos olhos e bocas

A voz grande de trovão se foi

Não ecoa mais nas orelhas pequenas

Nem se enxergam as gloriosas melenas

Forçoso esteve o bastão que destrói

Dito isto, que não temam quem retorna

Nem que o recebam, o outromundano,

Nem que lhe entreguem as chaves da porta

Ou que o creiam um novo estranho

Ou que o creiam o mesmo estranho

H Reis
Enviado por H Reis em 27/06/2020
Reeditado em 28/06/2020
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