Da janela do meu quarto, eu não vejo no universo
as bielas e os rolamentos que os cartesianos enxergam.
Nem o som que vem das estrelas, em noites como esta,
confunde-se com o barulho desse motor a diesel,
que contamina o silêncio da madrugada
e prejudica o recital que o universo me proporciona.
Antes, a canção da noite, na minha sensibilidade,
assemelha-se a um coro de anjos entoando uma cantata de Handel.
Quem disse que o universo era uma máquina
estava olhando apenas para si mesmo.
O que ele ouviu foi o ronco das próprias entranhas
digerindo o seu jantar.
Ou então foi seu estômago que subiu para a cabeça
e ele pensou que por trás de toda essa beleza só havia
a frieza das leis mecânicas orientando esse processo.
Mas para mim, o universo é um ser vivo
que hospeda um coração pulsante e uma alma sensível,
que ouve meus pensamentos e os responde
com acontecimentos que geralmente eu não entendo,
mas que sei que são estritamente necessários.
E tão fundamentais como o corpo da minha amada,
respirando pausadamente em nossa cama,
certamente alimentado por lindos sonhos de amor.
Em noites como esta, e mesmo em todas as noites
que não são como esta, o universo está em plena atividade,
e as estrelas são milhões de olhos que brilham
como os olhos da minha amada, quando sonha.
Porque os sonhos são o acordar para uma vida interior,
e o universo é o sonho que a mente do Criador concebe;
seus anjos são as leis naturais que o organizam, e nós,
que o realizamos com nossas obras, somos os pedreiros
que constroem este edifício universal.
O universo é como o coração de Deus bombeando energia num movimento de sístole e diástole, e essa energia é o sangue que alimenta tudo isso.
O corpo da minha amada é o universo que se descortina aos meus desejos e se realiza no atendimento de todas as minhas necessidades.
O universo e a minha amada são o ínfimo e o imenso que se consumam em um único processo: O Sonho do Criador em mim manifestado e plenamente atendido em todas as obras da natureza.
Quem vê no universo uma máquina
É um ser descolado da alma universal.
E embora não saiba disso, sua consciência já é parte
do universo das fotosferas mortas.
as bielas e os rolamentos que os cartesianos enxergam.
Nem o som que vem das estrelas, em noites como esta,
confunde-se com o barulho desse motor a diesel,
que contamina o silêncio da madrugada
e prejudica o recital que o universo me proporciona.
Antes, a canção da noite, na minha sensibilidade,
assemelha-se a um coro de anjos entoando uma cantata de Handel.
Quem disse que o universo era uma máquina
estava olhando apenas para si mesmo.
O que ele ouviu foi o ronco das próprias entranhas
digerindo o seu jantar.
Ou então foi seu estômago que subiu para a cabeça
e ele pensou que por trás de toda essa beleza só havia
a frieza das leis mecânicas orientando esse processo.
Mas para mim, o universo é um ser vivo
que hospeda um coração pulsante e uma alma sensível,
que ouve meus pensamentos e os responde
com acontecimentos que geralmente eu não entendo,
mas que sei que são estritamente necessários.
E tão fundamentais como o corpo da minha amada,
respirando pausadamente em nossa cama,
certamente alimentado por lindos sonhos de amor.
Em noites como esta, e mesmo em todas as noites
que não são como esta, o universo está em plena atividade,
e as estrelas são milhões de olhos que brilham
como os olhos da minha amada, quando sonha.
Porque os sonhos são o acordar para uma vida interior,
e o universo é o sonho que a mente do Criador concebe;
seus anjos são as leis naturais que o organizam, e nós,
que o realizamos com nossas obras, somos os pedreiros
que constroem este edifício universal.
O universo é como o coração de Deus bombeando energia num movimento de sístole e diástole, e essa energia é o sangue que alimenta tudo isso.
O corpo da minha amada é o universo que se descortina aos meus desejos e se realiza no atendimento de todas as minhas necessidades.
O universo e a minha amada são o ínfimo e o imenso que se consumam em um único processo: O Sonho do Criador em mim manifestado e plenamente atendido em todas as obras da natureza.
Quem vê no universo uma máquina
É um ser descolado da alma universal.
E embora não saiba disso, sua consciência já é parte
do universo das fotosferas mortas.