Descanse em paz...
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Aproxima-se tua hora...
Teus dias finais se achegam e te marcam!
Teu característico frescor mistura-se e condensam
No encorpar e na transmutação de seu sereno suave
Para virarem brumas mais espessas, de geadas e nevascas!
Aí, tua névoa opaca, cinzenta e agradável,
Começam chorar pra nós, a dor plangente de sua partida!
 
Queria te dizer algo, mas me fugiu...
Depois vou lembrar e te direi, eu prometo!
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                                                 Z 
Tuas folhas outrora caídas, desidratadas,
Mas sempre resiliente e discretas,
Despedem-se e partem juntas com você
Por ares, desfiladeiros, rios e cachoeiras abaixo
Indo, obedientes para onde, também te esperam...
 
Prepare-se OCASO sagrado...
Um frio rigoroso e portentoso precisa leva-lo, não tem jeito!
Mas não te preocupes, pois ele vem manso e amigo
À acompanhá-lo até a porta misteriosa....
Até ao portal que só você e Deus, sabem onde fica!
 
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Ah!
Agora me lembrei do que queria tanto te dizer, ‘nda pouquinho!
 
Aquietes teu imo e escute o que descobri,
O que me contou a senhora sabichona, a boca da noite,
Sobre o que pensam as flores, sobre você...
Nenhuma delas e você as conhecem, são tantas...,
Nenhuma delas nutre quaisquer resquícios de mágoas,
Pelo que elas reconhecem que na tua essência e missão, fazes o que deva ser feito!
Tampouco te odeiam, acredite e digo mais:

Deus conversou com cada uma...
Com cada uma das infinitas espécies que ELE, Artesanalmente criou

E depois plantou nesse mundo, tão judiado pelos homens!


 
Z
Elas, as flores te mandaram estes versos!
Versos que criaram especialmente pra você:


  Um poema feito por todas as flores...

Tu, que fazes arrefecer e desaparecer o quenturão do ar;
Tu que encantas as noites com sua magia;
...que fazes, as abelhas, ser possível descansar
Depois de tecerem seu doce mel, por dias e dias!
 Tu que fazes mais apaixonados, os casais enamorados;
E que se enamoram, ao teu frescor e a luz do teu luar
Por isso sabemos o valor do teu infindo, amor!

 

Tuas belezas que são raras e ao mesmo tempo, tantas;
Tua paz que tanto sinto e me farto em inspirações,
Podem poucos ver, mas eu te vejo...
É verdade, acredite! Nunca irei te mentir;
Sou poeta e acho poder ver, coisas que poucos veem;
Vejo até mesmo beleza na saudade e aprendizado na solidão!
Acho que vejo até aparências, duendes, fadas, sacis...
Talvez por isso, por estas coisas que digo,
Me chamem de louco, de maluco, mas nem ligo...
Quer saber meu amigo, como queria que todos te vissem,
Te apreciassem e te sentissem, bem assim...
 
Agora, vá descansar pra voltares brevemente;
Te aqueças pondo um colorido casaco de lã, bem grosso! 


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O "Frio intenso" se aproxima, mas antes quer ele te acompanhar...
Descanse bastante e durma o sono, pois poucos são tão justos...
E além do mais quero te ver e te encontrar no mesmo dia e mês, melhor, se o Mestre dos Mestres
Me fazer estar ainda por aqui, !
Vá!
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Vá e DESCANSE EM PAZ”,


...meu amigo, OUTONO!

 
SERRA GERAL
Enviado por SERRA GERAL em 19/06/2020
Código do texto: T6981501
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