Eu te perdoo por deixar os chinelos num canto impróprio da sala.
Por ter escolhido esse piso cor de amor se amarelando para nosso quintal.
Te perdoo por não suportar meus incensos,
por levar as flores à garagem alegando que o perfume aflige a proximidade dos assuntos.
Perdoo-te pelo cochilar estático e repetitivo da bolsa de trabalho na ponta da mesa e,
TE AMO pelas dobras dócil de sua conduta,
pela sonoridade de todas as músicas escolhidas,
por guardar-me em segredos e esquecer de me entregar o presente de Natal.
Te amo pela confiança, andejos e permanência.
Pela escolha do alho, das frutas e textura do arroz.
Pelas pretensões, desapegos e facilidade aos acessos.
Te amo a ponto de atravessar o universo guardando nas duas mãos a brandura dos teus olhos
e, de pedir a Deus que nunca NUNQUINHA mesmo
destine-me para longe dos teus cuidados e desejo.
Por ter escolhido esse piso cor de amor se amarelando para nosso quintal.
Te perdoo por não suportar meus incensos,
por levar as flores à garagem alegando que o perfume aflige a proximidade dos assuntos.
Perdoo-te pelo cochilar estático e repetitivo da bolsa de trabalho na ponta da mesa e,
TE AMO pelas dobras dócil de sua conduta,
pela sonoridade de todas as músicas escolhidas,
por guardar-me em segredos e esquecer de me entregar o presente de Natal.
Te amo pela confiança, andejos e permanência.
Pela escolha do alho, das frutas e textura do arroz.
Pelas pretensões, desapegos e facilidade aos acessos.
Te amo a ponto de atravessar o universo guardando nas duas mãos a brandura dos teus olhos
e, de pedir a Deus que nunca NUNQUINHA mesmo
destine-me para longe dos teus cuidados e desejo.