Aquela forma de mulher abraçada a seus próprios joelhos,

de cabeça pendida, perdida entre os braços, exala uma força

misteriosa, um segredo ancestral, um magnetismo poderoso.

Ela é a semelhança da imagem da revelação feminina prestes

a ascender para um reino mitológico, após vencer vicissitudes

impostas pelos deuses. Era a negação da mulher num estado

de perda total de valores. Porém seus supostos lamentos se

transformaram em gritos de euforia. E, talvez, da pedra e da

areia brotem lágrimas reais.


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Otávio Coral
Enviado por Otávio Coral em 13/06/2020
Reeditado em 13/06/2020
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