MEU CÃOZINHO

Te conheci tão pequenino...

Tão frágil você nasceu.

Mas, como não tinhas raça

Pouco valor alguém te deu.

Uma oferta, uma aceitação

Sincera e de coração.

Cuidei de ti, crescer-te vi,

Com muita satisfação.

Lembro-me quando eras novo,

Parecias muito com uma criança,

Você brincava, pulava cheio de alegria e

Tornou se tão familiar para mim e para a vizinhança.

Os dias foram passando-se...

Tornamo-nos dois grandes amigos.

Se, bem próximo ao portão o estranho passava

Você latia, alertava sobre o perigo.

Quando de casa eu saia para o trabalho, bem cedinho...

Ao portão, Popeye me acompanhava

Um tanto triste, sua comprida cauda acenava...

Despedia-se de mim, que ao longe sumia... e, tão logo se aquietava.

No retorno, lá estava o meu cãozinho

No portão, muito alegre me esperava.

Novamente, a sua comprida cauda balançava

como um alguém, que o amigo cumprimentava...

Por quase uma década comigo você conviveu.

Hoje, triste estou... Você POPEYE, morreu!!!

Embalo-te num saco plástico azul... Ufa! Hoje, também choveu...

Percebo, que até o dia 20, triste ficou... A natureza, também chorou...

Uma lágrima! Outra lágrima!... Quero dizer-te Amigo:

ADEUS!!!

Jaborandi, 20 de novembro de 1996.

Valereano
Enviado por Valereano em 12/06/2020
Código do texto: T6975560
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