Octogésimo quarto dia.
"A quarentena de um poeta"
Octogésimo quarto dia:
O domingo amanhecera na capital com a expectativa da ruptura dos atos anteriores antidemocráticos que o líder da campanha solicitara aos seus aliados.
Contudo, uma linha de frente seguira a caminhar literalmente em direção à esquerda da praça a manifestar seus pleitos e no lado direito estivera concentrada uma pequena minoria de desobedientes aliados do chefe mor. Ele enviara sua tropa de soldados equipados com armas de choques dedicadas de projéteis de borracha que possuíam o mesmo efeito da cloroquina, ou seja, de tantos tiros certeiros nos indivíduos haveria risco de morte, para evitar o confronto.
Aquela intensa aglomeração contrariara as normas do local que proibira a exposição total do rosto dos cidadãos que circulassem pelas ruas, não a importar quem quer que fosse.
O mundo perdera o acesso a nossa contagem de vitimados e a cada dia eu vira ordens a ser ditadas e ações autoritárias vinda daquele que piara o discurso que tínhamos vencido o fascismo e o nazismo na segunda guerra mundial.
A mesma conduta do Estado Maior estivera a ressurgir, pois milhares de pracinhas com equipamentos ultrapassados e sem treinamento foram lançados contra um inimigo arrasador que quisera dominar o mundo.
Um monumento dos mortos estava a ser construído de forma simbólica pela nação que fora dominada pelos votos dos ludibriados seres que acreditaram na mudança.
Aquela guerra não acabaria, a cada dia aumentara a tirania dos burgueses que controlaram as chibatas nos lombos dos sujeitos.
Manifestos
Muita gente sem colete
A caminhar pela esquerda
A encarar o cacete
No manifesto das perdas
O protesto de tantos pleitos
É um direito do cidadão
Que encara com o peito
As pancadas de bordão
E no cair à terra chã
É pisado pelo soldado
A obedecer o clã
Que comanda o Estado
E a mão é estendida
Ao que combate o absoluto
E outra é oferecida
Ao que vive o luto