Música
Música! Música! Música!!
Sempre!! Muitas!
Tantas! Todas!
Todas? Não, nem sempre!
Todas com sua intenção,
todas com sua função,
Umas a gente ama, outras não, mas
Música é sempre música!
Infantil?
E porque não?
Risos largos, corpos abertos sem nenhuma tensão,
movimentando-se apenas ao som da canção.
Podendo ter um corpo em cima ou não,
de qualquer forma é sempre festa!
É conversa com Deus,
é celebrar sozinho, imerso na imensidão dos sentidos mais fluídos
Ela clareia, norteia,
embriaga, elucida, tempera,
destempera, encontra, perde,
agoniza, agiliza, entorpece, envolve,
seduz, enlouquece...
Sempre alguma coisa acontece,
E ela como uma santa ou uma puta marca!
Marca para o bem, dependendo de quem
Ou não! ( mas sempre marca!)
Marca o primeiro e o último beijo,
Marca a sensação agonizante e deliciosa da
primeira transa (vai dizer que não?)
Marca a estrada gostosa em dia feio ou bonito.
Ela é prá todos, prá qualquer um,
prá todos os gostos, prá todas as culturas,
só democrática ou social seria pouco.
Ela é o todo, e o todo é mental,
E o que a música abre?
Música é viagem sem paradeiro certo,
é mistério, é a companheira mais legitíma,
É a exata tradução dos parodoxos humanos.
É o mais completo refinamento de todos os nossos cinco,
seis, sete, ou mil sentidos.
No princípio era o Verbo,
o Verbo se transformou em som,
som de mar, som de trovão,
em Verdade, em Amor,
e enfim, em Canção!