Aparato de Vida e Morte
 
Se vivo renitente é porque me perco em pequenas coisas. O tempo mascado; de sempre adeus e nenhuma volta, é uma das rodas de ninar.

Não posso retroceder e mal posso conseguir ir à frente. Se sou pouco, já sou restos do tempo. Ele gargala e se impõe sem dúvidas ou questões. Não há chance dentro do quadrado que se dispôs.

Se a aventura da vida é seguir à risca, então estou fora da linha, dentro do medo, do vácuo da vida, dos sobremaneiros, dos indecisos, perto do pó, dos navios que se foram e do altaneiro visitante do passado que ficou.

De repente, diante do tempo, a aventura da vida se dividiu em todas as dúvidas. Se não a tem, ganhe-a. Se nela vive, procure. Se a queres, persegue! Dentro da lei da vida e do aparato da morte!
José Kappel
Enviado por José Kappel em 07/06/2020
Reeditado em 11/07/2020
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