Octagésimo terceiro dia.
"A quarentena de um poeta"
Octogésimo terceiro dia:
Houvera a negligência da patroa que não tivera o cuidado e paciência de acompanhar o menino a deixá-lo isolado no caminho da tragédia, o mesmo ato acontecera durante toda a quarentena nas atitudes do Estado que nos lançara às ruas de modo leviano.
Um dos pecados capitais é alimentado pela preguiça do homem que não se anima a querer se concentrar naquilo que está sob a sua responsabilidade.
Governar é saber conduzir o que lhe foi confiado, é como a mãe que não descarta o filho a querer guiá-lo dentro das normas da lei.
Somos filhos da pátria, somos proletários em busca da liberdade e às vezes entregamos os nossos dependentes nas mãos dos patrões e somos surpreendidos pela falta do benefício da saúde.
Muitos perderam os direitos durante a pandemia e foram jogados ao léu como mercadorias descartáveis que se transformaram em lixos ao olhos dos carros de luxo com máscaras vítreas fumê que passaram lentamente na via principal a observá-los.
Contratos foram cortados nas redes municipais escolares a ser lamentável as reclamações dos funcionários que sempre se dedicaram a conservar o ambiente público de trabalho e as merendeiras que serviam à escola com prazer.
Toda aquela calamidade social era devido a falta de planejamento do grande administrador que fora negligente, imperito e imprudente com seu povo que sofrera danos emergentes e se tornara incapaz de obter o lucro cessante.
E o recontar dos mortos é o retrato do descuido do ser que aceita as investidas do perverso "id" para desmoralizar os entes dos que se foram.
O impatriota literalmente estava a se escorregar, pois abusara das suas ações ao tentar se impor diante da mídia que dependera das informações dos óbitos, para reprimir os seus oficiais que o contrariavam e para satisfazer o seu ego.
Impatriotismo
Está ausente o amor pela pátria
Que foras lindo um dia
Mas chegou a falsa profecia
E o sepultou
Se desfizera na terra
A se tornar físico
Este sentimento cívico
Nos tempos de guerra
E para que o seu voltar?
Se não haverá mais o guerreiro
Há, pois o satanás de cordeiro
Ao povo massacrar
O amor que não se enterra
É o da solidariedade
É a sociedade que berra:
- Vidas importam