DÊ MAIS VIDA À SUA VIDA
A vida, seja ela a humana ou a de outros seres animados, mesmo que queiramos postergar o seu curso para o nosso maior e/ou melhor deleite, jamais seremos donos do seu tempo e, na maioria das vezes, ela sempre tenderá a ser passageira.
Em especial, a vida humana, no seu estado natural e sem os percalços rotineiros que costumam ser o fiel da balança do período que ela precisa para se manter em atividade, ela se assemelha à luz produzida por um candeeiro a querosene, permanentemente aceso, sem estar, necessariamente, exposto ao vento.
Geralmente, quando esse candeeiro, por um descuido ou por uma necessidade maior de seu usuário for colocado ao relento, bem sujeito à rota das vias eólicas, se ele não dispuser de um anteparo que o proteja da maior ou menor intensidade das correntes de ar ali existentes, fatalmente, ele acabará por perder sua luminosidade por alguns milésimos de segundos e, na maioria dos casos, essa luz sumirá em definitivo.
Resguardadas as devidas proporções, no que tange ao lapso temporal destinado à ação da luz que emana de um candeeiro e àquela que se mantém acesa dentro de nós, supervisionada que o for diariamente pela força espiritual de cada pessoa, a vida humana será em todos os aspectos tão frágil quanto a luz que emanar de qualquer candeeiro cuja combustão for à base de querosene.
Desta forma, se no decurso dela nós nos descuidarmos e não dermos inefável atenção e infinita proteção para com ela, sobretudo nas situações mais adversas, nos tornaremos, inegavelmente, meros candeeiros abastecidos com o combustível querosene, por vezes, dotados de pavios curtos, cuja vida útil dependerá da ação temporária ou permanente da exposição dela ao vento.
Na verdade, o que poderá nos confortar e que nos servirá como uma grande compensação, é que a vida poderá ser doce e bela durante o tempo que nos couber para usufrui-la, desde que saibamos conviver de braços dados com ela e o mais importante de tudo e em todos os momentos possíveis e imagináveis, será não deixarmos de cuidar diuturnamente de sua manutenção.
Por fim, já que estamos a falar da vida, aproveitemos, portanto, de maneira bem oportuna, uma citação de Bertolt Brecht(*) que se refere de forma brilhante acerca de situações em que o homem poderá vivenciá-la e até se tornar eterno, e usemo-la como epílogo deste texto poético, a saber:
“Se não morre aquele que escreve um livro ou planta uma árvore, com mais razão não morre o educador que semeia a vida e escreve a alma.
(*)Eugen Bertolt Friedrich Brecht, foi um grande dramaturgo, poeta e encenador alemão do século XX, nascido em Augsburg, no dia 10 de fevereiro de 1898, vindo a falecer em Berlim Leste, no dia 14 de agosto de 1956.
Em especial, a vida humana, no seu estado natural e sem os percalços rotineiros que costumam ser o fiel da balança do período que ela precisa para se manter em atividade, ela se assemelha à luz produzida por um candeeiro a querosene, permanentemente aceso, sem estar, necessariamente, exposto ao vento.
Geralmente, quando esse candeeiro, por um descuido ou por uma necessidade maior de seu usuário for colocado ao relento, bem sujeito à rota das vias eólicas, se ele não dispuser de um anteparo que o proteja da maior ou menor intensidade das correntes de ar ali existentes, fatalmente, ele acabará por perder sua luminosidade por alguns milésimos de segundos e, na maioria dos casos, essa luz sumirá em definitivo.
Resguardadas as devidas proporções, no que tange ao lapso temporal destinado à ação da luz que emana de um candeeiro e àquela que se mantém acesa dentro de nós, supervisionada que o for diariamente pela força espiritual de cada pessoa, a vida humana será em todos os aspectos tão frágil quanto a luz que emanar de qualquer candeeiro cuja combustão for à base de querosene.
Desta forma, se no decurso dela nós nos descuidarmos e não dermos inefável atenção e infinita proteção para com ela, sobretudo nas situações mais adversas, nos tornaremos, inegavelmente, meros candeeiros abastecidos com o combustível querosene, por vezes, dotados de pavios curtos, cuja vida útil dependerá da ação temporária ou permanente da exposição dela ao vento.
Na verdade, o que poderá nos confortar e que nos servirá como uma grande compensação, é que a vida poderá ser doce e bela durante o tempo que nos couber para usufrui-la, desde que saibamos conviver de braços dados com ela e o mais importante de tudo e em todos os momentos possíveis e imagináveis, será não deixarmos de cuidar diuturnamente de sua manutenção.
Por fim, já que estamos a falar da vida, aproveitemos, portanto, de maneira bem oportuna, uma citação de Bertolt Brecht(*) que se refere de forma brilhante acerca de situações em que o homem poderá vivenciá-la e até se tornar eterno, e usemo-la como epílogo deste texto poético, a saber:
“Se não morre aquele que escreve um livro ou planta uma árvore, com mais razão não morre o educador que semeia a vida e escreve a alma.
(*)Eugen Bertolt Friedrich Brecht, foi um grande dramaturgo, poeta e encenador alemão do século XX, nascido em Augsburg, no dia 10 de fevereiro de 1898, vindo a falecer em Berlim Leste, no dia 14 de agosto de 1956.