ASCENSÃO E DECADÊNCIA DE UM IMPÉRIO

ASCENSÃO E DECADÊNCIA DE UM IMPÉRIO

LAMENTOS DO PASSADO - ECOS NO FUTURO

A eleição de Barak Hussein Obama Junior, primeiro presidente negro do maior e mais influente império do mundo pós romano, tem ecos e repercussões para além do alcance dos nossos olhos… e ouvidos:

- Projeta-se, como num filme Hollywoodiano, o drama colonialista de George Washington e a busca da liberdade, alcançada em 4 de julho de 1776, após luta heróica contra o establishment inglês, lastreada por princípios constitucionais solidamente escritos por Thomas Jefferson, terceiro mandatário de uma nação predestinada.

- Resgata-se, como num romance épico, aquele dia gelado de novembro de 1863, em Gettysburg / Pensilvânia, quando 15.000 pessoas, reunidas num vasto campo, lotado por fileiras de caixões que pareciam não ter fim, ouviam o pronunciamento do outrora camponês, depois advogado e finalmente 16° presidente norte americano Abraham Lincoln, sobre a mais famosa batalha da guerra civil, um dois mais terríveis enfrentamentos travados em solo americano, com mais de 50.000 mortos e feridos nesse choque titânico entre compatriotas pela causa negra, motivadora do posterior assassinato deste mesmo presidente.

- Ecoam-se, como num suplício, os prantos e lamentos de dor dos negros arrancados de suas casas, na frente de suas mulheres e filhos, para serem torturados, mortos e queimados por organizações secretas espúrias como a Ku Klux Klan.

- Recuperam-se, como num pesadelo, imagens chocantes dos assassinatos dos irmãos Kennedy e de Martin Luther King, ocasionadas pela defesa aberta à igualdade, liberdade e fraternidade humana.

Somos testemunhas históricas desse processo evolucionário de mudança, na qual a esperança é a principal timoneira desse barco que abriga, cada vez mais, passageiros confiantes no futuro.

Marco Antônio Abreu Florentino

(Texto poético escrito por ocasião da primeira eleição de Barak Obama como presidente dos Estados Unidos da América).

LAMENTOS NO PRESENTE - ECOS IMEDIATOS

A eleição de Donald John Trump, primeiro presidente bilionário e não político do maior e mais influente império do mundo pós romano, tem ecos e repercussões para o imediato alcance dos nossos olhos… e ouvidos:

- Esquece-se, como num susto, a conquista heroica dos baluartes da independência americana liderados por George Washington e a consolidação de uma das mais sólidas constituições produzidas por homens como Thomas Jefferson e Benjamin Franklin, dedicados ao desenvolvimento e progresso de um povo que tem no estado a representação da sua individualidade.

- Despreza-se, como num expurgo, a gloriosa conquista da fronteira oeste americana a ferro, fogo, flechas e muitas vidas sacrificadas, onde raças de matizes branca, vermelha e negra se esforçavam em conviver pacificamente em prol dessa terra que prometia ser a redenção e o bem estar de um povo sofrido na carne mas renascido no espírito.

- Ignora-se, como num refugo, o conflito beligerante ocorrido em solo americano, que colocou compatriotas numa guerra fratricida sem precedentes pela causa negra, ocasionando perdas e sofrimentos irreparáveis, somente encerrada pela intervenção firme e vigorosa de um dos maiores e mais renomados políticos da história da humanidade: Abraham Lincoln, posteriormente assassinado de forma covarde pela perfídia humana.

- Repudia-se, como num insulto, todo o esforço humanístico em reparar injustiças e preconceitos de raça, gênero, religião, cor, sexualidade e outros, que resultam em intolerância, agressão, xenofobia e isolamento, tão frequentes no século vinte e que foram causas de verdadeiros crimes contra a humanidade, denunciados e combatidos por figuras de elevado espírito humano como Franklin Roosevelt, Hellen Keller, Martin Luther King, os irmão Kennedy e Barak Obama Junior.

- Reduz-se, como num entorpecer, a importância de valores herdados da revolução francesa de liberdade, igualdade e fraternidade na construção do ser humano, quando se rejeita os dois últimos em prol de interesses particulares,individuais e institucionais.

Somos testemunhas históricas desse processo estacionário de andança, na qual a violência, a barbárie e o preconceito são os principais timoneiros desse barco que abriga, cada vez mais, passageiros sedentos de vingança.

Marco Antônio Abreu Florentino

(Texto poético escrito por ocasião da eleição de Donald Trump e que hoje, diante do maior protesto contra o racismo desde 1968, ocasionado por um assassinato covarde e impiedoso, ameaça responder com indiferença e truculência. Esse é o mentor e ídolo do psicopata Jair Bolsonaro).

https://youtu.be/_-ajXE6ktmA

(I Can´t Stop Loving You - Ray Charles)