POR ONDE EU VOU?
Vagando na vasta solidão de uma obscura atmosfera,
A mente tão inquieta, faz perguntas mais ousadas,
Quem sou, de onde vim o que faço nesta esfera,
Não compreendo, tantas coisas complicadas.
Ora se não bastasse o tormento de tantas indagações,
Para confundir o cérebro das pessoas já desnorteadas,
Surgem as filigranas dos cientistas apenas divagações,
E cálculos quilométricos equações as mais sofisticadas.
Do outro lado estão os religiosos, com ideia do criador,
Contrariando Lavoisier e as ideias da transformação,
Indiferente às teorias o Universo e seu esplendor,
Não entram em um acordo, ciência e religião.
Mas aí surgem intuitivamente, as inspirações espirituais,
Contudo cientistas e religiosos sofistas os comerciantes,
Habilidosos astutos, eles continuam mantendo os rituais,
Iludindo as ovelhas, com os seus sofismas estonteantes.
Desnorteadas as ovelhas não sabem em quem acreditar,
E os espiritualistas falam em uma língua tão estranha,
Ciência e religião, usam as sutilezas para enganar,
Ovelhas são iludidas na confusão e artimanha.
Enganadas pela sutileza dos sofistas os falsos solidários,
Que lhes dizem com habilidade o que elas desejam ouvir,
São mesmo ensinadas a preencher os boletos bancários,
Agindo com todo fervor como a ingenuidade lhes permitir.
Segue a maior jornada de milhões de escribas e fariseus,
Todos eles focados nas suas conveniências racionais,
Nas solenidades e ladainhas, eles louvam a Deus,
Na rotina de suas vidas interesses valem mais.
As ovelhas estão dispersas, e já não sabem para onde ir,
Elas estão à mercê desses lobos, dominados pela cobiça,
Habilmente, eles introduzem o sofisma, na arte de mentir,
E enganam as ovelhas, desde a mais velha e até a noviça.