SELVA DE PEDRA!
Z
A cidade fria não consegue mais dormir;
Perdeu o calor e o clamor da esperança;
Acostumou-se enganar sua própria dor,
Pela analgesia da frieza, que gelificou corações!
Nem que queira, não vai mais repousar;
Fora engolida de corpo inteiro pelas colunas de gelo
E acho que desacostumou-se sentir calor!
E a alma, a alma fala sem som e sem ouvidos;
Sua pele alva e transparente despigmentou-se
Tanto, que anda como um zumbi pela cidade fria;
Irreconhecível, transparente e sem luz;
Apesar de deambular sob os luzeiros dos faróis;
Chamado e disperso pelo som das buzinas;
Sob a presença do sol, quase ás escuras,
Pois as lápides de gelo erguidas, são imponentes
E a muito são maioria...
Cresceram tanto que suplantaram o astro rei
Ele, que quer voltar a aquece-la, e a brilhar...

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Espaço cativo de Jacó,
o amigo de todos...


Confesso que me assusta,
Viver na cidade grande.
A vida, ninguém garante,
Que aqui possa ser justa...

 
SERRA GERAL
Enviado por SERRA GERAL em 01/06/2020
Reeditado em 03/06/2020
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