O SISTEMA É O GENERAL

Essa grande agitação do fim do ano é normal,

A seguir, surge o ano novo com todo o seu ritual,

Sucedendo as tão festivas comemorações do natal,

E cada um sonhando elaborando o seu plano especial.

Mais um pouco, e já vem logo nosso carnaval,

Depois não comer carne e que venha o bacalhau,

O Sistema assim determina, isso não é de todo mal,

E para imprimir a marca tupiniquim, que venha o curau.

Domingo, festa da páscoa, comilança especial,

E não sobra tempo, para uma homenagem teatral,

Homenageado relegado, crianças brincam no quintal,

Mulheres criando as iguarias estão no fogão de avental.

E segue o ano com o seu calendário comercial,

Dia da mãe, do pai, todas as cores, e santos afinal,

Ovelhas obedientes, diligentes, acompanham o ritual,

Os escribas e fariseus, ficam bem alegres com o festival.

Mas, aparece o coronavírus sem convite formal,

Sem mais nem menos, instaura a confusão infernal,

Detona o poderoso Sistema, que comanda o bacanal,

E o país desorganizado se escoa pelos esgotos no canal.

Constrange observar confusão, no sentido geral,

Longo tempo passa, e não se vê evolução espiritual,

Humanidade não aprende apesar de tão gritante sinal,

Não se sabe o que mais é preciso para acordar o pessoal.

Edgar Alexandroni
Enviado por Edgar Alexandroni em 29/05/2020
Código do texto: T6961622
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