Noite de Amor

Conheço-te, deveras!

Teus passos, teu calor

Teu perfume...Qual, lume!

Livra-me das noites solitárias

Dos dias cinzentos,

Do vazio que, sorrateiramente

Se apodera de um lugar

Que é só seu ...!

Aprisiona-me

No mais profundo calabouço da paixão

A sete chaves, a sete palmos

Sob tua pele, tão tenra e tão macia !

Ensina-me a não me esquecer

Do mais doce sabor de seus lábios

Tatuados nos meus,

Aviva a chama

Esta, que inflama

E que nos impele

Às noites eternas e tenras

Regadas a beijos molhados,

Vinhos suaves,

Mãos entrelaçadas

E corações ardentes

Cujo fogo só é amainado

Com o despontar da aurora,

Vencidos e felizes

Pelo profundo sono

Digno dos fervorosos

súditos de Afrodite.

Marcio Roque
Enviado por Marcio Roque em 16/10/2007
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