PROSANDO
Sou o “vento” que o tempo não para.
Sou do tipo moeda rara
Que discreta qualquer bolso não encara.
Sou a “rocha” que a “chuva” esculpe
E o mundo que me desculpe
Faço antes que alguém me culpe.
No “riacho” da vida, sou a “água” transparente,
Que se movimenta e sente
Quando há um ‘reflexo’ aparente.
Sou um coração pau-de-arara
Que carrega muita gente
Sou do silêncio, o agente,
Recluso como um guajajara.
Sou a “pedra” que depreda
A queda
Da intolerância.
Sou a “ânsia”
De toda militância
Por paz.
Sou a “escrita”
Que crepita
No papel
Sou escalador de “montanhas”, rapel.
Sem essa de papai Noel,
Sou mais... Jesus,
Que quer me levar para o céu.
Ênio Azevedo