O teto branco -1
A memória de quem eu era
A ideia não surgiu aconteceu
Desculpe por não ter escrito antes
A memória de quem eu era
O quarto sempre branco, as paredes brancas, o teto branco. Eu sempre tive uma estranha relação com o teto branco, a visão voltada para cima, para o alto. Meu pano de fundo para a meditação. Num certo momento da vida percebi a sua presença, soube que podia dialogar com ele, que me ajudaria a pensar sobre questões de foro íntimo. Foi assim que o teto branco passou a ser uma companhia simbólica em minha vida. Esse universo branco, limpo e puro tem sido meu recurso expressivo, meu “canto” para entrar em contato com meus sentimentos, conversar com meus botões e espinhos. Considerar, ponderar, questionar, chorar, rir. Enxergar minhas capacidades, minhas fragilidades, minhas deficiências. Jeito de olhar para o eu. Maneira de perceber que a cada dia não sou mais a mesma pessoa.
*Trecho de "O teto branco" autopublicação de minha autoria