Como a teia de aranha

COMO A TEIA DE ARANHA

Diante da soberania de Deus, eu sou como a teia de aranha, no lustre desta morada: estática, incolor.

Faço dos meus dias solidão.

E a Deus peço permissões. Fico em constante marasmo, por me desviar de paixões indiscretas.

Não procuro os muitos bares movimentados, existentes nesta selva planejada pelos homens, reservo-me próximo a um ranchinho do interior qualquer, tomando um caldo de cana. Sou um boêmio anônimo, meu convívio já virou um vício de sempre servir camaleões nesta terra.

Meus amigos são poucos, escolhidos a dedo, pelas mãos calejadas.

Honestidade é clandestina neste plano.

Meu cotidiano é um sorriso amarelo impopular...

Casa-trabalho responsabilidade de viver.

Bendigo a natureza rara, bendigo a libertação dos pássaros enjaulados.

A liberdade fascina e conforta, a cidade de pedra está saturada: é bela e às vezes rude. Acredito que Deus

Quer transformar nossas vidas, completa de sonhos permitidos.

O Todo Poderoso irá escolher alguns trajados de anjos, para povoar a Terra.

Eu medito portanto:

Preciso ganhar mais dinheiro? Até que ponto? Se eu sou como a teia de aranha, sou um pingo no mundo! E de coração, qual pão não ameniza a fome sangrenta? Porque, só não passa tantas dores sempre vindas? por que o humano muda como o camaleão? diante da humildade?

Será que somos trajados de anjo? Olho a foto de uma criança nos tenros dois anos, e fico imaginando o momento épico de felicidade.

Ainda não passa tanta escassez de humanidade...

O ser humano ama uma coisa ausente, Mistura de esperança, bem-estar.

E ama todo aquele a quem se entrega de coração? E ser for apunhalado? resistirá ao amor.

CitediniAmmani
Enviado por CitediniAmmani em 22/05/2020
Reeditado em 22/05/2020
Código do texto: T6954677
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