O silêncio penetra noite a dentro. No céu uma lua solitária se pendura sobre nossas cabeças confusas. O relógio marcando o tempo. Os pássaros aninhados na árvore e o manto negro da noite. Avassalador e acolhedor.
De noite, as consciências se apaziguam. Buscam feed back, vestígios semânticos, rastros deixados pelo caminho do pensamento. A alma estranhamente se sente liberta do cativeiro do corpo. Flana soberana sobre sono.
O silêncio adentra ao cenário, abre portas rangendo, sobe escadas correndo e atravessa o horizonte em um átimo. Todo o espaço e o tempo se curvam no silêncio. Eis o convexo atento as essências que se esvaem. As pessoas não percebem quanto tempo perdem com coisas miúdas, coisículas... substrato de nada... por simples vaidade, por simples teimosia, ou até, para chamarem a atenção de sua carência gigante num mundo repleto de amores líquidos e vapores insólitos.
Há milhões de coisas que não cabem em nossas mãos nem em nossos corpos. Somos seres frágeis e de infância longa. Despreparados para caçar e sobreviver. Mesmo assim, somos o único animal que mata pelo simples prazer de matar. Não para se alimentar, para defender o território ou uma fêmea ou filhote. Matamos, pois, em nosso instinto, viver simplesmente pode ser excludente. Viver significa dominar, subjugar e, sobretudo, lançar palavras, comandos e gritos de guerra ou de desespero.
Quanta coisa existe arquivada no silêncio. E, a lua lá de testemunha acena tímida com sua clareza de prata. Abro a gaveta da escrivaninha e encontro o anel que você me deu, há tanto tempo... não cabe mais nos dedos... Dedos envelhecidos. Dedos nervosos em se lembrar no intocável das paixões. Das confissões secretas e juras absurdas.
O silêncio, finalmente, entra em mim, estabiliza-se, vem a memória uma prece. E, volto para a cama. Na certeza que a criptografia mágica do silêncio assinou uma mensagem feliz e de esperança.
De noite, as consciências se apaziguam. Buscam feed back, vestígios semânticos, rastros deixados pelo caminho do pensamento. A alma estranhamente se sente liberta do cativeiro do corpo. Flana soberana sobre sono.
O silêncio adentra ao cenário, abre portas rangendo, sobe escadas correndo e atravessa o horizonte em um átimo. Todo o espaço e o tempo se curvam no silêncio. Eis o convexo atento as essências que se esvaem. As pessoas não percebem quanto tempo perdem com coisas miúdas, coisículas... substrato de nada... por simples vaidade, por simples teimosia, ou até, para chamarem a atenção de sua carência gigante num mundo repleto de amores líquidos e vapores insólitos.
Há milhões de coisas que não cabem em nossas mãos nem em nossos corpos. Somos seres frágeis e de infância longa. Despreparados para caçar e sobreviver. Mesmo assim, somos o único animal que mata pelo simples prazer de matar. Não para se alimentar, para defender o território ou uma fêmea ou filhote. Matamos, pois, em nosso instinto, viver simplesmente pode ser excludente. Viver significa dominar, subjugar e, sobretudo, lançar palavras, comandos e gritos de guerra ou de desespero.
Quanta coisa existe arquivada no silêncio. E, a lua lá de testemunha acena tímida com sua clareza de prata. Abro a gaveta da escrivaninha e encontro o anel que você me deu, há tanto tempo... não cabe mais nos dedos... Dedos envelhecidos. Dedos nervosos em se lembrar no intocável das paixões. Das confissões secretas e juras absurdas.
O silêncio, finalmente, entra em mim, estabiliza-se, vem a memória uma prece. E, volto para a cama. Na certeza que a criptografia mágica do silêncio assinou uma mensagem feliz e de esperança.