DESAMOR

Não é necessário dizer meu nome.

Já que posso ser qualquer pessoa que passa na rua ao seu lado.

Caminho sem ter um rumo certo e observo ao pé do seu prédio a cortina improvisada.

Estranho olhar para um lugar onde guardei e enterrei muitos sonhos.

Penso em como sua vida está agora que não faço mais parte dela;

De certa forma criei para você um vida muito boa,

Que provavelmente não coincida com a realidade.

Lembro-me da sua inocência.

Depois duvido de que ela tenha realmente existido.

Fico então com a impressão de que fui enganada desde sempre.

Não posso me manter nesse contexto.

Preciso avançar!

Mas meus olhos estão fixos na sua janela.

Patricia de Medeiros
Enviado por Patricia de Medeiros em 19/05/2020
Código do texto: T6951691
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