Quando tudo é mentira e ilusão
A gente anda como se o caminho
fosse apenas uma simples reta decifrável.
A gente sonha como se o sonho fosse o
pão de um dia vindouro.
A gente sorri como se o sorriso fosse
a água para aliviar nossa sede de vida.
Aí então, a gente ama acreditando que o amor
é uma nuvem branda e acolhedora.
Finalmente, a gente morre, não a tempo
de compreender que os caminhos não
são linhas simples, que os sonhos
não nos alimentam se não os construirmos,
que o sorriso nem sempre é o líquido
que sacia nossa alma e que o amor, ( ah, o amor)
esse sim nunca sera manso. Quem o crê plácido
pode deitar-se numa nuvem em tempestade
e se conseguir pode muito bem com as gotas
da chuva escrever o quão acolhedor é uma
tormenta.