A capital
Moro no interior
Onde o sol e a lua são meus relógios
Não tenho pressa
Quando quero comer
Cozinho os legumes diversos, colhidos
Na horta, que eu mesmo plantei
A água que presta está na cisterna
Que se enche com água da chuva
Crio pequenos animais
Que reforçam meu sustento
Com carne e leite
Já estive na capital
Quase fiquei louco com o trânsito intenso
Não esqueço o grito das sirenes das ambulâncias
E no formigueiro do shopping me perdi
Voltei correndo para minha casa
Onde também cultivei um jardim
Aqui tem tudo que preciso
Aqui viverei para sempre
Até me misturar com a terra
Onde florescem as flores deste meu jardim