TOLO ORGULHO
Mesmo em sabermos
o que somos,
para onde iremos,
como grão de areia
a rolar no infinito,
até quando!
milenares helenos
de orgulhosa falácia,
a propaganda maravilhosa
que nada mais é
um menos que nada,
perante as galáxias
dos pêndulos sem cabo,
cabo a rabo a esmo!
somos verdadeiros
ou voláteis terráqueos,
quais cegos táteis,
viajamos infinitamente
no efêmero, transgênero,
além lua e purpurinas?
Ou somos para sempre,
equivocados meninos,
visionários mínimos,
ainda o máximo,
no pensar pequeno!
Vomitamos
ressonâncias dialogadas,
belos seres multi-estelares,
pir-lim-pim-pins flutuantes,
ou aplaudimos
invasores peter-pânicos,
os extra-terráqueos
corruptos, intocáveis!
pensemos senhores...
não queremos,
nem somos
meros espectadores!
Somos sim, revolucionários,
abduzidos humanoides,
travestidos em angelicais
astronautas pirotécnicos,
invadindo a terra do nunca...
aquela que ninguém mente,
nem rouba, nem mata!