Quinquagésimo sétimo dia

"A quarentena de um poeta"

Quinquagésimo sétimo dia:

Os amantes das armas não perderam as oportunidades de exibi-las, todavia continuaram sem ousadia para derrotar o inimigo.

Um urso pardo gigante a viver a paz entre as flores silvestre no clima frio do norte é uma símile daquela gente que fora atacada pelo tiros de rifles precisos. Os maníacos caçadores não precisaram correr atrás dos animais plantados e lentos da humanidade, pois eles os tiveram ao seu alcance.

O isolamento dos animais em suas cavernas impediriam que os impiedosos atiradores os atingissem e esse exemplo não bastara para os conselheiros de guerra que persistiram que todos que viveriam fora dos seus antros teriam que ser alvejados para que os que se salvassem, fossem a base para defesa, porém, o risco era muito grande porque seriam seguidos a entregar para o grande caçador todo o bando.

Estivera uma espingarda nos braços de um dos numerais cardinais a estourar os balões de ar que representara mais o que se dissera a crendice popular.

Não seria crime todo o exibicionismo, mas uma falta de concentração dos que sempre ostentaram a não priorizar a vida. O invasor estivera a mirar aquelas pessoas e parecera que antes de acertá-los teria que eliminar as vítimas dos seus desmandos.

Na selva dos três poderes, o leão era querelado e tudo indicara que que se manteria o trono.

Nem a arma branca lançada do escuro, nem suas imagens foram páreo para derrubar o verdadeiro rei da floresta, ele se gabara de se aliar a um clã de hienas que o ensinara a marcar território.

A cada dia ele se sentira fortalecido, talvez por uma falsa pequisa ibope realizada pelos seus próprios filhotes que do topo da pedra o cercava de lambeção.

O ato político durante uma pandemia seria como uma caça furtiva dos ursos e deveria haver a prioridade da vida a todos os seres que respiram.

Eu, cousa da terra

Todo ser que respira vive

Ao ar livre louva

E cada um pertence a Deus

Eu, cousa da terra

Espanta, o tiro que berra

As flores se assustam

Chocam-se, os bichos aflitos

Eu, cousa da terra

A relva, a trava amarrota

A primeira vítima da guerra

A marcar a rota da selva

Eu, cousa da terra

Eu, oculto, singular, anacoluto

Cousa, a causa

Terra, o lugar

Deus, simples

Ed Ramos
Enviado por Ed Ramos em 11/05/2020
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