Mestre em Sua Casa
Ave ao leão destas terras,
Senhor único de si
E de tudo o que cá floresce
Garras velhacas e à parte sua altaneira,
Louvado seja o seu dragão
Em todos os seus sentidos de inversão,
Suas asas de caverna,
Seu bulhonismo sem motivo
Ou o sangue em seu pelego,
A mácula da mortalidade rapina,
Seu bracejo sem receio,
Seu nome sem mais nenhuma mentira,
Pois que o aparente é ser maldito,
Malvindo, desnascido, contracrástino,
Sob mil evidências e falatório testado,
O que a ele, porém, é desconhecido
Vê lá longe sua verde-limo querência,
Em rochas e tombadas ruínas
Vê lá que aparentam esmeraldas em laca
Encrustadas numa rugosidade toda franca
Pradaria dele de distância e chão,
Encontrar-se-ão as mãos do não,
Carregadas da adaga e do bastão
Sobre seus cavalos da acusação
Desta lonjura, são cegos de seu sorriso,
Obra de irracionalidade de amarelo narciso,
O jardim que conjetura um surdo canto
Tudo isto, ainda assim e entretanto,
Enxergarão aquilo que é sua pira
Fomentada pelo seu sol noturno
Convocando-lhe a gritos de ira
Sem lhe dar passos, sequer reiuno
Sempre distantes
Tão diligentes
Tão jusdizentes
Sempre assentes
Apontassem-se a este estranho castelão,
Convidaria ele, a portas e braços abertos,
Esta faca deles aos quartos
Delicadamente decorados de seu coração