Do livro em Branco
Quando loucos poetas se encontram
o verso vira do avesso
vira santa poesia
as veias inflam e pulsam
aos sons do rock se agitam
e vertem aromas inebriantes
rasgam as tintas das canetas
desenham veios de palavras
e mancham a folha branca.
Agitam os ágeis dedos no teclado
transfigurados pelo amor
ou amargor (o que der na veneta)
os tons são o fascínio dos poetas
nuances que sinalizam
marcas de almas inquietas
do indócil bailar flamenco
dos corpos que se completam
ecoam na página os sapateados.
Buscam Deus, deuses e adeuses
um corpo que crepita no inferno
ou o ser divinal que viaje ao paraíso
desejos insanos
o segredo profano
e o refúgio de todos os santos
mesmo sangrando no livro em branco
estão à espera
de faces obscuras e verbos in/diretos.
Colhem sombras e sobras das horas
do que brote do vazio ou do tudo
no livro em branco fazem nascer
viagens (memórias)
dias e noites
magia e brandura
rastreiam a lua mais nua
numa têmpera enluarada
a reluzir em vida irrisória.
Mascaram e desenham amores
gestos in/quietos
pequenos grandes gigantes
anseiam eliminar o peso dos corações
a amargura com gosto de fel
a ausência do prazer doce feito mel
apuram palavras vibrantes
consoladoras de homens
para penetrarem o diletante.
Os poetas derramam do canto dos olhos
o contraditório – enfim –
acentuam a agudeza do espírito em nós
no livro em branco
espalham o não e o sim
num voo rasante de forças intrigantes
num contrafluxo esculpem
estilos, mitos, simbologias,
vieses para nutrir caminhantes.
Quando loucos poetas se encontram
o verso vira do avesso
vira santa poesia
as veias inflam e pulsam
aos sons do rock se agitam
e vertem aromas inebriantes
rasgam as tintas das canetas
desenham veios de palavras
e mancham a folha branca.
Agitam os ágeis dedos no teclado
transfigurados pelo amor
ou amargor (o que der na veneta)
os tons são o fascínio dos poetas
nuances que sinalizam
marcas de almas inquietas
do indócil bailar flamenco
dos corpos que se completam
ecoam na página os sapateados.
Buscam Deus, deuses e adeuses
um corpo que crepita no inferno
ou o ser divinal que viaje ao paraíso
desejos insanos
o segredo profano
e o refúgio de todos os santos
mesmo sangrando no livro em branco
estão à espera
de faces obscuras e verbos in/diretos.
Colhem sombras e sobras das horas
do que brote do vazio ou do tudo
no livro em branco fazem nascer
viagens (memórias)
dias e noites
magia e brandura
rastreiam a lua mais nua
numa têmpera enluarada
a reluzir em vida irrisória.
Mascaram e desenham amores
gestos in/quietos
pequenos grandes gigantes
anseiam eliminar o peso dos corações
a amargura com gosto de fel
a ausência do prazer doce feito mel
apuram palavras vibrantes
consoladoras de homens
para penetrarem o diletante.
Os poetas derramam do canto dos olhos
o contraditório – enfim –
acentuam a agudeza do espírito em nós
no livro em branco
espalham o não e o sim
num voo rasante de forças intrigantes
num contrafluxo esculpem
estilos, mitos, simbologias,
vieses para nutrir caminhantes.