O osculo da tarde
Feriado, sinônimo de descanso ainda mais quando se teve uma semana pesada, cheia de trabalhos e compromissos (home office).
Um bom dia para acordar mais tarde e dormir a tarde.
Retornando para casa, encontro-o, charmoso, cheiroso, veio na minha direção e me abraçou. Um abraço apertado, com um cheiro no pescoço, daqueles que a gente não quer mais sair, quer morar ali, pois sente confiança, um porto seguro. Um sentimento de felicidade invadia-me, não conseguia acreditar que estávamos frente um ao outro.
Conversamos por alguns instantes, e logo, sem nada forçado, um vontade movida por uma força maior, um beijo, lento, seus lábios tocando os meus, sem pressa, doce, suave, macio. Suas mãos passeavam acariciavam minha cabeça, seus dedos nos meus cabelos, ele me apertava como que não quisesse nunca mais soltar. Beijava-me ali no meio da rua, de repente a rua estava vazia, não havia ninguém , apenas só você e eu, o mundo era só nosso e nós no nosso mundo. Olhava-me nos olhos, sorria, segurava ora nas minhas mãos ora na minha cintura.
Meu desejo queimando em febre, eu queria, você queria, coração acelerado, fazer amor meio da rua como dois loucos seria algo nunca imaginado...
Não, não fizemos isso! Porque como em um sonho, você se foi...