"AO MESTRE, COM CARINHO".

Mestre, grande mestre, contador de histórias...vividas, ensinadas, sonhadas, inventadas, adaptadas. Diante dos fatos, perdeu-se a história...Vetada a verdade da escrita à ação. Sem registros, sem provas, sem datas, sem rumos, sem emoção ou memórias. Personagens perdidos numa trama fictícia, escrita a giz. Esfarelada em pó. Folhas de um livro, amareladas pelo tempo de um outono qualquer. Letras apagadas, capítulos ocultos. Complicado enredo. Aglutinaram-se as matérias em geografias distantes; matas, planícies, planaltos, serras, mares. Paisagem estática. Um veto à história! Minha, sua, nossa, deles...Nada a contar, tanto a calar. Um sonho esquecido numa história inventada. Uma história mal contada, mal vivida, sobre a vida tão sonhada. Ao mestre, meu carinho e uma dúvida: Uma história sem fim... ou, o fim da história?

Elenice Bastos.