Devaneios ***
Que os maus ventos não se infiltrem pelos beirais dos telhados de meus caminhos, tentando varrer de mim os sonhos. Cresci, criança não sou, mas devaneios moram ainda em um canto do coração e enquanto, este, tiver vida os toques serão dueto junto a eles. Nem queira saber se é quimera urdida em solidão ou pelo contrário, em meio às multidões. Apenas existem, já estavam antes de mim, n'algum ponto do universo e ao verem que abri os olhos para ver estrelas, eles pousaram em minhas retinas. Não os expulsei com lágrimas de sal, nem os enterrei numa cova florida nos caminhos que trilhei. deixei-os dormindo, bem calmos, para despertarem numa aurora qualquer, quando o coração numa batida mais forte dirá - acorde, eis o momento.
Pequeno trecho de capítulo - livro sendo rabiscado, sem revisão
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