Cotidiano
Combate a malta por a e b,
a e b, com suas aldrabices, se divertem numa
típica expressão do cotidiano português;
“para quem é, o bacalhau basta” e todos,
em um uníssono conformismo sem igual,
se deleitam “à sombra de suas bananeiras”
Ó, preguiçoso, o mundo vai te cobrar,
e não penses que nasceste com o rabo virado
para lua, que não chegará o dia que tuas botas,
há de bater, mas antes, darás com o nariz na porta,
pois sapos irás engolir, e se serve-te a carapuça,
não apanharás nada, pois o que caças, caças
no ar e até o coco se partir, rindo de ti,
a ver navios ficarás, nada terás como sobra
e como diz lá na mãe terrinha, o que se faz contigo,
é “a banha da cobra.”