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Em todos os momentos e fases de nossa vida guardamos coisas, boas e más.
  Acontecimentos vividos, vivenciados e futuros, ainda por viver e que por certo nos marcarão em nossa jornada, nessa terra.      Uma espécie de “caixinha de memórias” como disse, boas e ruins, no volume e na proporção do nosso sofrer ou, bem viver!


  Momentos bons da tenra idade (passado), por exemplo como:
-Os amigos, as paqueras, o tempo de escola, a bola (passatempo predileto da molecada do meu tempo);
-As conversas e os encontros de família, a catequese, a hora da missa e a disciplina com Deus (primeiramente), com os pais e com os demais;
-Por falar em disciplina, como era salutar e contagiante o momento sagrado da Oração, do bença pai e bença mãe, do abraço nos irmãos;
-...e por aí vai...
Porém, ficam lá remoendo e latejando também fatos idos não tão bons ou relevantes, como:
-Aquela topada numa pedra que quase o fez decepar o dedão do pé e nos fazendo estatelar no areão, rolando de tanta dor;
-A pisada forte num espinho de roseta ou num prego enferrujado, atirado pela estrada que doíam demais, sangravam até, mas como a sola dos pés dos meninos tinham uma espécie de couraça, uma camada a mais e mais dura, noutro dia tudo certo, de novo...;
-O chute, mais no chão do que na bola, lá no campinho de terra batida da escola;
-As brigas e os desentendimentos inocentes com um coleguinha;
-Os foras ‘daquela’ menina a mais catita, cobiçada por todos os amiguinho da sala de aula;
-Os “B.O’s” com os irmãos, que se por acaso fossem mais velhos, saiam da quizomba, sempre como vencedores, pra variar (questão de hierarquia familiar);
-Os “nãos” do pai ou da mãe que, só bem mais tarde descobriríamos que foram, para o nosso próprio bem (...e sempre eram mesmo, posso garantir);
O presente tem lá, seu bons atributos como:
-Os laços familiares que serão para sempre, queiramos ou não;
-O nascimento dos filhos, depois dos netos (ambas experiências divinas, de tamanhos de amores imensuráveis);
-Algumas boas e sinceras amizades, que se mantém e se perpetuam pelos tempos;
-Conhecimentos que adquirimos ao longo da nossa vida;
-...e outras coisas mais!
 
Em contra partida:
-Perdemos ou raleamos o nosso sagrado encontro com Deus;
-...entes queridos e muito próximos que a todo momento, nos vão;
-A idade adulta se apresentando, nos revelando e aos demais, a tal ganância desenfreada, o apego aos bens supérfluos e de valores questionáveis;
 
Já o futuro além de incertezas me dá, é medo...

 
SERRA GERAL
Enviado por SERRA GERAL em 26/04/2020
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