Confissão
Estou destinado ao fogo
E ao martinete
Fracionados e interpenetrates
Meus conjuntos vivos em ferro negro
Estou mergulhado em álcool,
De loucura acusado,
Confrontado e infamado,
Enquanto me floreia o aranhol
Dizem-me o fugidio, como epíteto,
Não sei bem se nego,
De cá, sob alguns pés de terra,
Como em germe de espera, mas acorrentado
Dizem-me bravejado e vociferado,
Mas estou despossuído somente
E por isto mesmo grito
Com o trovão todo do meu rumorejo mudo
Quero apelar aos meus sulcos:
"Estes que fechem
Que não sou mais um rio tão jovem
Nem mesmo recebi dos anos ser arguto
Quero apelar que me interpelem
Ou que então me hesitem
E que me sirva a aliteração do meu pleito,
Mas vejo não estar no direito
Confesso
Não ser nada daquilo que confesso
Reitero
Não saber nada disso que repito
E reitero que,
Mas não digo
E confesso que,
Mas ora creio que minto
E minto, e minto e minto