Sumidouro

Sumidouro

No espaço quebrado do tempo

que se apaga lentamente

Sem sombras de dúvida

ao que devorar

ferozmente

Desmente

mitificando sem voz

todo traço de certezas

absoluta fraqueza

equívoc(ação)

Suga às tripas o mundo

universo

suas luzes ligeiras

passageiras

no trono do tempo, imperando

solidificando abstratos pedaços

traçados tortos caminhos à serpentear

no escuro vazio da inexistência insistente

que resta

que sobra

linha reta

que dobra

o sopro voraz