PERFIL
Sou o retrato fiel da mais pura imperfeição. Trago em mim a eterna teimosia dos inconformados. Ando sempre com pressa. Falta-me a santa paciência para encarar filas, mal humor e arrogância. Perdôo ignorância e abomino falta de educação e respeito com o próximo. Amo em demasia, sofro em dobro. Corro do amor e acabo prisioneira das paixões. Já neguei muitos beijos e em prantos, já implorei por apenas um. Já tirei o sono de muitos e já perdi o sono e o juízo por amor. Se alguém estiver triste, corro pra perto, choro junto, dou colo e carinho... se eu estou triste...corro pra longe, me escondo até do mundo num mundo que criei só pra mim. Não deixo recado nem endereço, voltarei quando tiver uma piada nova e um sorriso a ofertar. Já saí sem me despedir e voltei sem avisar. Já derramei muitas lágrimas, já enxuguei tantas outras. Já chorei enquanto todos sorriam, já me senti sozinha no meio da multidão. Já me declarei entre lágrimas. Até hoje, tomei três grandes porres na vida, o primeiro para ser solidária às amigas que sofriam, outro para dizer adeus...e o último porque faltaram as forças para dizer adeus. Aprendi os primeiros palavrões ainda criança e demorei pelo menos 20 anos para usá-los. Já me perdi na estrada, já errei o caminho de casa, já corri com pressa de ser feliz e ainda assim cheguei atrasada para a festa da felicidade. Já troquei datas de aniversários, já confundi nomes de pessoas, já cometi gafes sociais e culturais, já tive crises de risos em momentos mais que inoportunos. Já fiz confissões à pessoa errada, já me importei com quem não merecia, já me escondi da vizinha chata. Já disse não, querendo dizer sim; já apaguei minha luz para que outros brilhassem; já esqueci a carteira em casa, a mala no aeroporto, a calcinha no banheiro e a data das contas a pagar. Já perdi a hora, a compostura e até a vergonha; Já perdi amigos para as drogas, para a morte e para o mundo. Já cheguei fora de hora; já bati na porta errada, entrei de penetra em festa e já passei da hora e dos limites. Já enviei flores sem motivo, cartão sem ocasião, torpedinho e até recadinho do coração...mó mico!
É assim mesmo... diante de toda a perfeição da mãe natureza, sou sua mais imperfeita e inacabada obra... e sempre em construção.
Sou o retrato fiel da mais pura imperfeição. Trago em mim a eterna teimosia dos inconformados. Ando sempre com pressa. Falta-me a santa paciência para encarar filas, mal humor e arrogância. Perdôo ignorância e abomino falta de educação e respeito com o próximo. Amo em demasia, sofro em dobro. Corro do amor e acabo prisioneira das paixões. Já neguei muitos beijos e em prantos, já implorei por apenas um. Já tirei o sono de muitos e já perdi o sono e o juízo por amor. Se alguém estiver triste, corro pra perto, choro junto, dou colo e carinho... se eu estou triste...corro pra longe, me escondo até do mundo num mundo que criei só pra mim. Não deixo recado nem endereço, voltarei quando tiver uma piada nova e um sorriso a ofertar. Já saí sem me despedir e voltei sem avisar. Já derramei muitas lágrimas, já enxuguei tantas outras. Já chorei enquanto todos sorriam, já me senti sozinha no meio da multidão. Já me declarei entre lágrimas. Até hoje, tomei três grandes porres na vida, o primeiro para ser solidária às amigas que sofriam, outro para dizer adeus...e o último porque faltaram as forças para dizer adeus. Aprendi os primeiros palavrões ainda criança e demorei pelo menos 20 anos para usá-los. Já me perdi na estrada, já errei o caminho de casa, já corri com pressa de ser feliz e ainda assim cheguei atrasada para a festa da felicidade. Já troquei datas de aniversários, já confundi nomes de pessoas, já cometi gafes sociais e culturais, já tive crises de risos em momentos mais que inoportunos. Já fiz confissões à pessoa errada, já me importei com quem não merecia, já me escondi da vizinha chata. Já disse não, querendo dizer sim; já apaguei minha luz para que outros brilhassem; já esqueci a carteira em casa, a mala no aeroporto, a calcinha no banheiro e a data das contas a pagar. Já perdi a hora, a compostura e até a vergonha; Já perdi amigos para as drogas, para a morte e para o mundo. Já cheguei fora de hora; já bati na porta errada, entrei de penetra em festa e já passei da hora e dos limites. Já enviei flores sem motivo, cartão sem ocasião, torpedinho e até recadinho do coração...mó mico!
É assim mesmo... diante de toda a perfeição da mãe natureza, sou sua mais imperfeita e inacabada obra... e sempre em construção.