ESPERANDO.

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Estaria esperando, um, a agonia das horas, dos segundos, quando, ainda olha ao céu e ele se vê, e se mostra não atraído pelos raios das luas, ou dos sois que a gente se imagina, porém há uma forma esperar, e para fazer pirraça vamos, permanecendo, na agonia de ver que alguém nos grita.
Aquele grito que a mente nos cobra, sabe que eles nos esperam, eles que muitas vezes na incógnita presença, da ausência angustiada e em profunda e loucamente estupida observação, podem piscar, frangir a testa enrugada pelos anos, algo que cria da agonia que subordinada está a rebeldia, atrevimento mas querem ver do sol o nascimento.
Já então cansado, junta se da alma os estilhaços e dos sonos instantes que procura então subtrair, do sol no alto, da nuvem que o abranda, e do corpo que dele necessita ao esquentar.
Feche então os dois, dois mesmos olhos, finja que volta a noite, o negativo do positivo se demanda, e ira mudar de vez o argumento, que vai do cair e do então levantar, e a louvar, a natureza então contemplar.
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“Que a morte de tudo em que acredito. Não me tape os ouvidos e a boca, porque a metade de mim é o que eu grito. Mas a outra metade é silêncio.” (Osvaldo Montenegro)