A vida chega à morte
A vida tem mão única
Sempre nos conduz ao fim
Lá onde se vê uma luz
Lá onde tem um tribunal
Lá onde os ausentes se encontram
Para falar da vida passada
Lá, onde até mesmo defeitos
Na despedida são enaltecidos
Lá, onde se mente na lápide
Ninguém pede informação
De onde fica o fim do túnel
Parece que querem se desviar
Ou até perder o rumo
O corredor tem entroncamentos
Tem desvios, cruzamentos
Tem placas, como exemplos
Ao longo do corredor
Se vê tantos à espera
Até quem se desespera
Por ter que esperar
Permita que a vida avance
Aceite, não há outra chance
Não ouça o caminho mais curto
Viver tem um custo
Não sonegue o tributo
Se é certo... sem equívoco
Ou ato falho
Não aceite um atalho