A vida chega à morte

A vida tem mão única

Sempre nos conduz ao fim

Lá onde se vê uma luz

Lá onde tem um tribunal

Lá onde os ausentes se encontram

Para falar da vida passada

Lá, onde até mesmo defeitos

Na despedida são enaltecidos

Lá, onde se mente na lápide

Ninguém pede informação

De onde fica o fim do túnel

Parece que querem se desviar

Ou até perder o rumo

O corredor tem entroncamentos

Tem desvios, cruzamentos

Tem placas, como exemplos

Ao longo do corredor

Se vê tantos à espera

Até quem se desespera

Por ter que esperar

Permita que a vida avance

Aceite, não há outra chance

Não ouça o caminho mais curto

Viver tem um custo

Não sonegue o tributo

Se é certo... sem equívoco

Ou ato falho

Não aceite um atalho

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 22/04/2020
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