"Irmãs Coragem"

"Irmãs Coragem"

A mudança no curso das águas provocam redemoinhos, inesperados por vezes, logo é necessário coragem para fazer escolhas e tomar decisões na vida, visto que o corpo frio e mórbido não se expõe ao clarão da lua, tampouco reflete a luz do sol

Importa assumir sentimentos e desejos de peito aberto, importa caminhar à beira do abismo ou deitar na savana, importa viver sem covardia, evitando assemelhar-se aos viventes que se desesperam diante de qualquer pensamento reacionário ou revolucionario

O vento rasga e corta as frestas entre as folhas, ostentadas pelas copas das árvores frondosas, que à distância parecem harmônicas no caos da assimetria poética de um pensador original ou originário

Essas bobagens que afloram aos meus dedos irreverentes, é obvio, não são criações minhas, porém sim "ousadia" das crianças que costumavam brincar e comparar os seus corpos e genitalias, a fim de compreenderem a si mesmas e continuarem a pisar nas trilhas de mata fechada com o medo atenuado

"Meninas" e "mulheres", onde estão vocês, ainda presas ao tanque de lavar roupas? Elas já chegaram à casa da nova era? Elas compreenderam o seu papel no meio e em meio à boa nova? Indago novamente, onde estão as "meninas" e as "mulheres", de "Atenas" ou de "Esparta"?

Minhas "mulheres", mulheres, valentes ou doces, mulheres, pacificadoras ou beligerantes, mulheres, apaixonadas ou "afetuosas", mulheres. "Minha gata selvagem" teu cheiro matador, minhas mulheres doces, "mulheres"

Essas linhas femininas e tortas "descem" parafraseando Nietzsche, pois à beira da minha ignorância persecutória, mestre ignorante que sou, nada posso "ensinar" senão "regurgitar"

Humberto de Campos

Mestre Holístico