Assim quis
Entreabertas se apresentaram as portas
E, à vontade, se manifestou o livre arbítrio
Se, em dado momento, a lógica determina a soltura
A reclusão se efetiva como consensual
A torto e a direito são os rumos do timoneiro
Não cabe a decisão ao faroleiro
O barco, necessariamente, não segue a luz
O breu, quase sempre é traiçoeiro
O comportamento nem sempre é eco do conselho
Nem a prudência se penteia no espelho
A voz da consciência quase sempre é tardia
Arde e remoí, depois do desmando feito
Que seja feita a minha vontade
Apague dos astros o que estava escrito
Registre, em negrito, o que estou escrevendo