[Sinais no Mundo - Uma Reflexão Sobre a Queda]
Em clara consciência, a tudo assisto vivo,
mas preso à rocha das circunstâncias!
Minha ciência me abandona no Estação,
sei que devo agir sem esperança,
faz horas que o trem partiu...
Há sim, sinais no mundo;
como pode alguém dizer que não?!
Antes da ação, antes da encruzilhada,
havia marcas claras e distintas
de que o gerúndio dos sonhos
despetalava-se em particípio passado.
Mas havia marcas... havia sim;
nada fizemos pelo ser da relação,
e agora, não somos mais,
pois, todo o [nosso] espaço de ser
submergiu-se na voragem do Nada!
E daí, essa queda em disparada,
essa perda, essa algia,
que termina em absurda fé,
ou crença na infinitude!
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[Penas do Desterro, 12 de outubro de 2007]