Orelhas
    
Para livros do escritor Edson Mendes - 2
    
     Sem digressões, já no primeiro poema deixa que um facho de luz escape através de um sulco na rocha e nos aponte um diamante. O tempo da narrativa começa, mas não tem fim. Assim, é o sol do Raso da Catarina, sem meio, sem fim.
     Mais adiante uma pérola que devia vir do mar, talvez do rio, mas vem do tempo. Que é então o futuro, senão um longo presente? Denuncia a perenidade do sofrimento, a desmedida do sonho que embala, acalma e explica enigma e razão.
             
Escritor - Ed Arruda