Mãe

Vejo-me na infância...
Na constância da espera
Ao te ver na janela
preocupada com minha demora
Eu, subindo a rua num tagarelar infantil...
Ao sair da escola numa tarde de inverno
Sempre me lembro de ti nas tardes de vento minuano,
que se fazia leviano levantando o guarda-pó
O cheiro era de inverno 
mas teu beijo fraterno
me fazia feliz
Eras alegre, risonha, totalmente do verão.
Tua estação predileta...
Era inverno nas minhas lembranças mais doces
e quase agridoce
eu definia também
Tu na janela, a me esperar...
Eu pensando: Qual seria a surpresa de hoje
Um bolo,
Um doce,
Às vezes tudo junto e mais um chá de funcho
que era pra tirar o frio.
Que felicidade! O tempo de minha infância...
Teu olhar de carinho.
Olhar que só as mães têm. 

08/01/2007

Rejane Pinheiro
Enviado por Rejane Pinheiro em 04/04/2020
Reeditado em 27/04/2024
Código do texto: T6906136
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